Olá.
Não vou floodar a caixa de entrada de vocês com notinhas a cada fato importante que (não) sai nos jornais. A tentação é grande, todavia: não se preocupem. Pensei neste follow up, textos curtos, apenas publicados no site para quem quiser acompanhar.
E #ForaBolsonaro.
1. Precisamos falar sobre Naomi Wolf
Vazou documento confidencial da FDA com uma série de reações adversas à vacina da Pfizer já conhecidas pelo órgão ainda em fevereiro de 2021. Sim, já conhecidas. Pela Pfizer. Pela FDA. Há um ano. Daria para cobrir uma das paredes do banheiro aqui de casa. Trinta e oito laudas, nove só com efeitos colaterais de “especial interesse” — um tantinho graves, eu diria. Será que já sabiam da eficácia de apenas 12% em crianças de 5 a 11 anos? Essa, aposto que sim: adivinha quem também patrocina o fact checker associado ao Facebook?
Em notas relacionadas, o NY Times publicou, dia desses, um estudo garantindo que, sim, o corona saiu mesmo de um mercado em Wuhan. Foi viralizado por toda a imprensa como verdade absoluta. Só esqueceram de contar o mais importante: quem patrocinou o estudo. Oras, quem? Anthony Nonato, evidente. Ou melhor: a NIAID, dirigida por Dr. Fauci. Como duvidar?
Enquanto isso, o povo insiste em vazar informações que a grande mídia já deu todos os sinais de não ser do interesse público: cientistas parecem ter descoberto um pedaço do DNA da proteína spike do vírus, por exemplo, patenteado pela Moderna ainda em 2017. Ou isso.
Por falar em estudo, saiu um daqui, ó, pontinha da orelha e que Luc Montagnier teria adorado ler: Intracellular reverse transcription of Pfizer BioNTech COVID-19 mRNA vaccine in vitro in human liver cell line. Preciso explicar? Faça melhor: mostre para três imunologistas/geneticistas e peça para que eles mesmos expliquem. Sim, por ora: in vitro. Menos mal que fizeram direitinho todos os estudos in vivo. Né?
Um só estudo, não. Vários. Como o que aponta um caso de miocardite com hospitalização a cada quatro mil adolescentes do sexo masculino vacinados com duas doses da tecnologia mRNA — e a cada cinco mil do sexo feminino. Há outro que demonstra que o índice pode cair para 1/2500.
Mas para Rochelle Walensky, diretora do CDC, o problema com a vacina da Pfizer foi a falta de otimismo. Ou o excesso dele. Ciência sempre foi o de menos.
Afora isso, e o fato do Saturday Night Live ter engrossado o coro dos descontentes e o Youtube ter censurado o episódio, para variar, e Biden ter mudado o discurso dias depois, e as ações da Pfizer terem despencado 10%, nada de novo no front.
Ah, tem: Gilmar Mendes mandou destruir todos os documentos da CPI da Pandemia.
Pandemia que, pelo visto, acabou no Braziu do Carnival. No more mandates in Rio.
ADENDO [14/03/22]: SP se tornou o país das maravilhas. RJ segue sendo RJ. DF segue sendo DF. Londrina segue sendo Londrina. Austrália segue sendo Austrália. Inglaterra segue sendo Inglaterra. Canadá segue sendo Canadá. Mundo segue sendo mundo. Mas SP… que paraíso. Faltou só dizer quem tomou o que e onde.
Quis o destino que o levantamento em SP saísse no mesmo dia em que o CEO da Pfizer, Albert Boula (veterinário de formação), recomendou uma quarta dose, contrariando Sir Andrew Pollard, imunologista e investigador-chefe da Astrazeneca.
E na véspera da visita de CZ (lenda viva) ao governador. Apenas coin-cidência, claro.
Dra. Naomi Wolf, todavia, direto do purgatório, já reuniu 161 advogados para perscrutar as cinquenta mil páginas de documentos da Pfizer. Inferno a caminho?
Em tempo: o autor segue usando sua PFF2 em locais fechados.
[ADENDO 25.4.22] O NY Times, justo quem, declarou que a COVID não é das doenças mais preocupantes na África, continente com taxas de vacinação e letalidade baixíssimas.
Espero que, um dia, a ciência (oficial) possa explicar isso. Talvez, as 80 mil páginas de documentos da FDA/Pfizer que serão liberadas em maio nos ajude a entender.
Até lá: aguardemos (e nos preparemos para) a próxima pandemia.
Ademais, leituras recomendadas:
“Ao negar o debate científico, esquerda verá o SUS definhar”, do cineasta (de esquerda) Filipe Rafaeli.
2. E que venham os Pós-Ludistas?
Alguém ainda se lembra dos caminhoneiros canadenses depois da Ucrânia? Pois então: os norte-americanos estão a caminho. Pensando aqui: uma greve contra medidas autoritárias e anticientíficas do governo (vide Precisamos falar sobre Naomi Wolf), governo este que já estabeleceu que atos do tipo (ou qualquer contranarrativa ao discurso oficial) são agora considerados terrorismo. Tudo isso em meio a uma guerra que já se arrasta desde 2014 e que, oportunamente, calhou de “estourar” justo em 2022. A tempestade perfeita? O Canadá, por sua vez, está ocupado demais detendo cidadãos russos em aeroportos do país para se preocupar com isso.
ADENDO [15/03/22]: Ou estava. A medida rara de Trudeau acabou ensejando contramedidas raras por parte de um comitê que raramente se forma.
3. Segundo ato
Tantas preocupações, indeed. Moscou, um caos pós-SWIFT. Até aí: previsível. Só não entendo cancelar o Monark, toda a cultura russa de Dostoiévski ao strogonoff, mas passar pano justo para soldados ucranianos lubrificando as balas de seus fuzis com banha de porco simplesmente porque há outro maníaco do lado de lá. Alguém chama Rui Barbosa para explicar que não é bem assim?
Por sinal, Ucrânia resolveu revidar os mísseis da Rússia com mais mísseis em pleno cessar-fogo para liberar corredores humanitários, mas foram interceptados ainda nos céus de Belgorod pelas “baratas russas” (qualquer semelhança com o episódio “Men against fire”, de Black Mirror, não é mera coincidência). “Fuck”, diria uma amiga. Tudo que Putin queria? Enquanto isso, violamos a Convenção de Genebra sem maiores dores na consciência. Tudo em nome da narrativa, do lado certo, do coletivo. Quando foi que ouvimos essa desculpa antes? Enquanto isso, Mamãe Falei faz turismo sexual na fronteira ucraniana. Exploração sexual, a bem da verdade, e não está sozinho.
Nem lá nem cá.
Por fim, a cobra engole o próprio rabo e voltamos ao início: o Ministro da Defesa da Rússia afirmou que os EUA “cobriram” a Ucrânia com uma rede de biolaboratórios ligados ao Pentágono, o que aconteceria desde 2014. Biodefesa? Mera propaganda?
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